A primeira faixa, apelidada de Death On Two Legs, reflecte um pouco o título do álbum e demonstra que as harmonias vocais surgiam muito entre os vários membros da banda, contudo, consegue ser uma composição “Mercuriana” no seu lado mais rocker. A contrastar com a faixa anterior surge Lazing On A Sunday Afternoon, esta é outra típica canção de Freddy, mas no seu estilo de cabaret ao piano. A aproveitar o potencial artístico de Roger Taylor temos I’m In Love With My Car, muito hard, com bons arranjos e bastante espaço para as pirotecnias de Brian May na guitarra. You’re My Best Friend é uma das mais ouvidas do álbum e, apesar de não exibir grande complexidade técnica, é uma melodia extraordinária, quase viciante. Uma autêntica delicia para os ouvidos é ’39 da autoria de Brian May, surpreendentemente harmoniosa, a voz do guitarrista combina muito bem com o instrumental acústico. Segue-se Sweet Lady que não é mais que um rocker mediano comparado com o que já se ouviu da banda. Seaside Rendevouz vem no mesmo trilho que Lazing… e neste ponto do disco quebra um pouco o bom andamento do mesmo. Para recuperar o ímpeto aparece o épico The Prophet’s Song que entrega um dos melhores momentos de Mercury, num brilhante “solo vocal” conjugando harmonias e percorrendo a escala salteadamente. Depois desta belíssima faixa temos uma balada séria e sentida em Love Of My Life que encontra o seu oposto em In Good Company, esta mais solta e descontraída levando a atmosfera de novo a um ponto neutro. Bohemian Rhapsody é o momento por que todos esperávamos, a mini ópera-rock que colocou os Queen numa categoria própria; arranjos orquestrais, harmonias vocais e sequências rock fantásticas é dizer pouco. O disco acaba depois de um tributo electrizante de May a God Save The Queen.
Respondendo à questão com que encerrei a introdução: é claro que os Queen não eram uma banda de singles, no entanto, as excentricidades e o barroco em Mercury conseguiam ser o melhor e o pior do conjunto. O lançamento de alguns dos melhores hits de sempre e uma postura em palco nunca abaixo do excelente cativaram uma eterna legião de fãs, mas, os mais aguerridos conseguem ver além disso e deliciar-se-ão com a outra face menos conhecida da banda.
2 comentários:
fiu eu que dei a sugestão? anyway, mto bom post!
Esse disco é sensacional. É a sinteze do Queen na minha visão.
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