sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Led Zeppelin - Houses of the Holy


Uma vez comentei que, cronologicamente falando, a sonoridade dos Zeppelin poderia ser divídida em duas partes, sendo que a primeira durava até 72. Terá sido em minha opinião, a melhor fase da banda, a época que lhes garantiu o sucesso que ainda hoje conservam.

O ano posterior conheceu o lançamento do quinto registo de originais da banda: Houses of the Holy (curiosamente a canção que dá o título ao album não figura no mesmo, mas sim em Physical Graffiti) mostrou ao mundo que os Zeppelin não iriam ficar na sombra do sucesso de IV (four simbols, zozo ou untitled). Desde os primeiros acordes da The song remains the same que o ouvinte se apercebe da diferença de estilos, agora é tudo mais explosivo, mais carregado; o grupo vivia na sua apoteose e tinha consciência disso. Este album é tudo aquilo que os Zeppelin queriam ser (e muitas vezes eram) ao vivo: electrizantes com The song remains the same, The Ocean e The Crunge; pastorais com The Rain Song; esotéricos com No Quarter; e imprevisíveis com Dy'er Ma'ker.

Não estou de forma nenhuma a procurar fornecer aqui qualquer informação indispensável sobre os discos de que escrevo, é talvez o oposto, reconheço a minha parcialidade. A ideia deste blog é fazer com que o leitor não se acomode a tendências sociais ou estatísticas de vendas, que procure boa música fora dos canais mais óbvios (em termos relativos claro). No caso dos Led Zeppelin, IV é sempre a referência, mas, após várias incursões pela discografia do grupo, o ouvinte pode apreciar as vicissitudes e subtilezas que dão a cada album a sua genuinidade. É desta perspectiva que irei escrever.

 

1 comentário:

JP disse...

"Houses of the Holy" é, por acaso, o título do mais recente episódio de "Supernatural" - o 13.º da 2.ª temporada. Pensei em vir aqui largar esse bitaite.