Decidi fazer um prolongamento no revivalismo dos 70s e escrever sobre algo bastante recente. Já no novo milénio os sobreviventes de duas das maiores bandas do rock alternativo dos anos noventa juntam-se numa grande e ambiciosa produção. A fórmula era infalível: Brad Wilks, Tim Commerford e Tom Morello dos Rage Against The Machine com a voz de Chris Cornell mais conhecido pelo trabalho nos Soundgarden. Depois do fiasco musical que foi o Nu-Metal, esta era a banda que tinha os meios, o talento e a notoriedade para salvar o rock, eram os combatentes que chegaram ao novo século como heróis. Hoje a banda conta com três registos de originais e parece cada vez mais perto de concretizar o seu enorme potencial, no entanto, falta sempre alguma coisa, fica o sentimento de que preferem acomodar-se no espectro radiofónico ao invés de explorarem a rebeldia e a agressividade que os trouxe a este patamar. Por vezes sou demasiado exigente, no entanto, não esqueço que tudo o que os Audioslave lançaram até agora é de grande qualidade e este album é para mim cabeça-de-cartaz, tudo começou aqui.
Musicalmente falando, o que mais sobressaiu no regresso destes homens aos grandes palcos do sucesso foi a sua maturidade, já não há aqui a agressividade povoada com letras de intervenção política e social. Espera-nos um som intencionalmente reminiscente dos 70s (lá estou eu outra vez), com as palavras de um Chris Cornell fustigado pela bebida que encontra na música um escape e ao mesmo tempo os seus demónios. A faixa de abertura (e primeiro single) foi Cochise, uma clara demonstração do poderio da banda: temos os efeitos sonoros do exuberante Tom Morello na guitarra, o baixo pulsante de Tim C. que contrasta com o chocalhar frenético da tarola de Brad Wilks e a voz aguçada de Chris Cornell. Segue-se Show Me How To Live que é para mim a imagem de marca deste album: um hino incediário ao rock dos 70s. De destacar também Like A Stone que representa a faceta madura do grupo, o single de sucesso, a canção que lhes confere o inexorável estatuto comercial e deixou para a posteridade um dos mais melódicos solos de guitarra de Tom Morello.
Estes são os dias das nossas vidas, tal como passados mais de 10 anos da morte de Kurt Cobain se propagou a ideia de que Nevermind foi o album mais representativo do grunge, se após mais 10 anos me perguntarem se os Audioslave conseguiram salvar o rock... direi que sim.
Musicalmente falando, o que mais sobressaiu no regresso destes homens aos grandes palcos do sucesso foi a sua maturidade, já não há aqui a agressividade povoada com letras de intervenção política e social. Espera-nos um som intencionalmente reminiscente dos 70s (lá estou eu outra vez), com as palavras de um Chris Cornell fustigado pela bebida que encontra na música um escape e ao mesmo tempo os seus demónios. A faixa de abertura (e primeiro single) foi Cochise, uma clara demonstração do poderio da banda: temos os efeitos sonoros do exuberante Tom Morello na guitarra, o baixo pulsante de Tim C. que contrasta com o chocalhar frenético da tarola de Brad Wilks e a voz aguçada de Chris Cornell. Segue-se Show Me How To Live que é para mim a imagem de marca deste album: um hino incediário ao rock dos 70s. De destacar também Like A Stone que representa a faceta madura do grupo, o single de sucesso, a canção que lhes confere o inexorável estatuto comercial e deixou para a posteridade um dos mais melódicos solos de guitarra de Tom Morello.
Estes são os dias das nossas vidas, tal como passados mais de 10 anos da morte de Kurt Cobain se propagou a ideia de que Nevermind foi o album mais representativo do grunge, se após mais 10 anos me perguntarem se os Audioslave conseguiram salvar o rock... direi que sim.