Estas férias tenho aproveitado para me por a par da colecção de Dvds que vai crescendo a olhos vistos na prateleira, daí que para este post tenha optado por uma selecção de bandas sonoras ao invés dos habituais registo de originais. O ponto em comum nestes três filmes e respectivas OSTs é o de estarem profundamente imbuídos no espírito de uma das minhas décadas favoritas que são os anos setenta.
Começo com Vanishing Point ou Corrida Contra o Destino, em que sem grandes explicações Barry Newman como Kowalski inicia uma viagem frenética de Denver até San Francisco num Dodge Challenger carregado com 440 cavalos de potência; uma primeira parte cheia das mais intensas perseguições que já vi em cinema e um final chocante confere a este filme pós-hippie o estatuto de culto. A banda sonora é de luxo com grandes temas soul como Where Do We Go From Here e Over Me; o rock ácido de Freedom of Expression e Mississipi Queen; especial referência também para o tema Nobody Knows de Kim and Dave que fecha a película com a primeira contribuição musical de Kim Carnes. Como se trata de um artigo algo raro, fica aqui o link.
Em Profondo Rosso ou O Mistério da Casa Assombrada assistimos a David Jennings e Daria Nicolodi na senda de um assassino que podia ter saído da imaginação de Hitchcock, no entanto com os recortes de génio (literalmente brutais) de Argento. No filme de referência do Giallo temos trechos musicais de referência dos Goblin de Claudio Simonetti, particularmente, no tema do filme (Profondo Rosso) que faz lembrar Tubular Bells de Mike Oldfield (O Exorcista). Fica o link.
Numa sugestão mais acessível, mas nem por isso mais fraca fica a última obra de Tarantino: o famigerado Death Proof ou À Prova de Morte em duas descrições possíveis: Um slasher violento de homenagem visual ao cinema exploitation em que Kurt Russel usa um bólide reforçado para matar raparigas inocentes; ou um conto moderno que explora a misoginia da personalidade principal que se opõe à promiscuidade das adolescentes nele retratadas. Qualquer que prefiram digo apenas que este filme é sinónimo de divertimento. As músicas não fogem ao já nos habituámos dos filmes de Quentin Tarantino: com Baby It’s You, Jeepster, It’so Easy e (a minha favorita) Chick Habit de April March é difícil não gostar. O link.
Já me conhecem e sabem que sou bastante parcial na apreciação, por desta vez não tentei fugir a esse estigma, haveria e há muito para dizer sobre estes filmes e músicas, mas procurei evidenciar o gosto que eles despertam mesmo passados 30 anos dessa grande década para a cultura contemporânea. Ouçam e vejam enquanto aproveitam o que resta das férias.
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